Há versões em que o nome da cidade foi em homenagem ao então Imperador Dom Pedro II e sua esposa Dona Leopoldina. Outra história menciona a existência de uma pedra linda que havia na margem do rio, pedreira da qual foi retirada matéria-prima para a construção de um dos maiores monumentos históricos da cidade, a Igreja Catedral. O escritor Santana Padilha deixou escrito em seu livro Pedro e Lina que o nome da cidade se daria pelo fato de os dois primeiros moradores se chamarem Pedro e Lina e na ocasião do seu casamento o Frei Henrique, de sotaque italiano, ao pronunciar seus nomes fez-se ouvir Petrolina.
Originariamente era denominada "Passagem de Juazeiro" pois era caminho para a vizinha cidade de Juazeiro, na margem oposta do Rio São Francisco no Estado da Bahia. A passagem servia como ponto de apoio do desenvolvimento da zona sertaneja do Estado, com vias de acesso para os Estados do Piauí, Ceará, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Por isso, Petrolina é cognominada Encruzilhada do Progresso, por ser passagem obrigatória para o norte e via de escoamento para o Centro Sul do País. (Fonte: OLIVEIRA, 2007)
O grande visionário de Petrolina foi o bispo Dom Malan. Dom Malan, era italiano de nascimento, e veio para a cidade em 15 de agosto de 1924, pela ordem do Vaticano que reconheceu Petrolina como Diocese já que todos os moradores da época eram devotos do catolicismo. O bispo, ao pisar o solo sertanejo, ficou comovido com a recepção e na ocasião, prometeu retribuir a homenagem calorosa com muito trabalho. E cumpriu a promessa construindo a tríade de Petrolina: Fé, Educação e Saúde, construindo a Catedral, o Palácio Diocesano, os Colégios Nossa Senhora Auxiliadora e Dom Bosco, e o Hospital Dom Malan.
Desmembrado da freguesia de Santa Maria da Boa Vista
Data de criação: 18/05/1870 Lei Provincial no 921
Data cívica (aniversário da cidade): 21/09
Petrolina, “O milagre do São Francisco”
Recentemente, Petrolina foi destaque nacional na geração de empregos em matéria na Revista Veja, publicada na edição de 1 de setembro de 2010, trazendo um título auspicioso: O milagre do São Francisco. Petrolina destaca-se como núcleo de mudança em Pernambuco: “Em sua órbita, hoje cultiva-se 1 milhão de toneladas de frutas com safras avaliadas em U$ 1,3 bilhão de dólares. A fruticultura transformou não só a paisagem, mas a vida de 800.000 pessoas que trabalham no setor.” (Fonte: Veja, edição 2180, 1 de setembro de 2010).
Petrolina é reconhecida nacionalmente como a segunda maior produtora de uvas do país, com destaque para as variedades Festival, Thompson, Crimson, e Princess, todas sem sementes. A fruticultura encontrou solo fértil para o desenvolvimento, exportando frutas tropicais para o mundo inteiro, principalmente para o mercado europeu. Petrolina está inserida na Rede Integrada de Desenvolvimento do Polo Petrolina/Juazeiro (RIDE), o que beneficia o aumento da oferta de emprego, renda e diversificação da produção local.
Em relação aos demais municípios do estado, Petrolina é:
- o maior produtor de manga;
- o maior produtor de uva;
- o maior produtor de goiaba,;
- o 3º maior produtor de banana e 7º maior produtor de coco.
Atrativos Turísticos
Petrolina reúne, à beira do rio, paisagens naturais e cenários marcantes. O Rio São Francisco é considerado um dos maiores atrativos do município. Os demais são: ilhas fluviais com destaque para a Ilha do Rodeador que recebe os turistas em seus bares e restaurantes; Ilha do Massangano, famosa por possuir um grupo cultural, o Samba de Véio; ilhas espalhadas ao longo de todo o rio, algumas utilizadas para camping; a Ilha do Fogo que fica no meio da Ponte Presidente Dutra a qual interliga as cidades de Petrolina e Juazeiro; o Balneário de Pedrinhas, que se destaca pelo complexo de bares especializados em peixe.
A Igreja Catedral, “imponente catedral de pedras” como escreveu o filho da terra Antonio de Santana Padilha, se chama Sagrado Coração de Jesus, idealizada pelo bispo Dom Malan, foi construída em 1929 com pedras advindas da própria cidade e muitas vezes carregadas pela comunidade local, possui estilo arquitetônico neo-gótico e vitrais que chamam a atenção pela história que representa; a igreja Matriz Nossa Senhora Rainha dos Anjos, teve sua construção iniciada em 1858, em estilo neo-colonial, porém, só foi concluída em 1906. Sua fachada possui decorações austeras e no seu interior há diversas imagens de madeira e de gesso.
Petrolina Antiga é a parte que ainda possui algumas ruas e casas com características do início do século XX, onde existem vários bares bastante frequentados na noite de Petrolina. A Antiga Estação Ferroviária da Leste Brasileira foi inaugurada em 1923 e traz características da arquitetura neo-renascentista, comum à época. A Ponte Presidente Dutra que liga as cidades de Petrolina e Juazeiro possui uma ilha em seu centro, tem 800 m de extensão e foi aberta oficialmente em 1954. O Museu do Sertão foi fundado em 1973, com acervo superior a 3.000 peças, resgata a cultura do homem sertanejo, da cidade de Petrolina e da região circunvizinha; Memorial Nilo Coelho, demonstra a vida social, política e familiar de um dos mais importantes políticos da região, responsável por grande parte do desenvolvimento econômico da cidade de Petrolina, o espaço foi construído em 1995 e atualmente encontra-se fechado para reforma.
Sobre artesanato existem três importantes pontos: a Oficina do Artesão Mestre Quincas, onde se pode observar os artesãos confeccionando suas peças, podendo também adquirir o artesanato no próprio local; o Centro de Artesanato Celestino Gomes (artista plástico importante da cidade), que é uma feira de artesanato, situada no centro da cidade composta por 54 artesãos distribuídos em quiosques, há um bar e palco para apresentações culturais; o Centro de Artes Ana das Carrancas onde é encontrado o artesanato nacionalmente famoso que é a carranca, e a mais representativa da cidade é a da artesã Ana das Carrancas por fazer suas peças em barro e em homenagem a seu marido que é cego, fazendo-as com olhos vazados, além de confeccionar carrancas de figuras antropozoomórficas; é indispensável o passeio nas barcas que fazem o trajeto de Petrolina à Juazeiro, assim como um passeio mais prolongado ao longo do rio até a barragem de Sobradinho-BA.