Aprovado pelo decreto de numero 140 em 15 de março de 1979, o Conjunto Vera Cruz foi planejado em uma área de cinco milhões cento e setenta e nove mil e oitocentos metros quadrados, o projeto que foi executado pela antiga Cohab (Companhia de Habitação de Goiás) previa a construção de casas populares, as quais beneficiaram pessoas de baixa renda, só a primeira etapa contemplou mais de mil de trezentas famílias. Nessa etapa as casas eram muito bem planejadas, existiam plantas de um, dois e três quartos.
Com a mudança de governo em 1983, passando de Ary Valadão para Iris Rezende Machado, o projeto original do conjunto habitacional se modificoua partir da segunda etapa. O objetivo era contemplar mais famílias, para isso foi preciso alterar as plantas das casas que a partir daí passaram a ser germinadas e bem menores que as da primeira etapa.
De acordo com os documentos de estudos complementares sobre o conjunto, as definições preliminares dos elementos de infraestrutura, previam já na primeira etapa um plano urbanístico que oferecesse todos os serviços básicos, energia, água tratada, esgoto e asfalto, porém o que aconteceu na prática não foi bem assim. Quando os primeiros moradores chegaram no local, asfalto mesmo só tinha na avenida principal, a energia elétrica era precária, água e esgoto só alguns anos depois chegaram no bairro.
E não foram apenas os moradores da primeira etapa que sofreram com a precariedade dos benefícios públicos, quem se mudou para o conjunto nas etapas seguintes desde a segunda até a sétima etapa, só teve o privilégio de já pegar o bairro todo asfaltado, mas as outras deficiências permaneceram por alguns anos.
Outra dificuldade enfrentada por todos os moradores era o transporte coletivo, se quando o beneficio atendia apenas a uma etapa já era difícil, quando construíram as etapas seguintes os problemas aumentaram. De acordo com os pioneiro, foi esse problema que acabou gerando até uma certa rivalidade entre moradores dessas duas etapas.
Localizado há uma distância de 18 quilômetros do Centro da capital o Conjunto Vera Cruz também apresentava outra carência típica de bairros que estão no inicio de sua formação, mas que neste caso era agravada por causa da distancia dos outros bairros, a falta de comércio em toda a região, fator que obrigava os moradores fazer sua compras no Centro ou em Campinas.
E foi exatamente essa carência que impulsionou os próprios moradores a se tornarem empreendedores. Devido à dificuldade de realizar suas compras na região, muitos deles abriram o próprio negócio, e muitos deles ainda hoje administram o próprio empreendimento.
Hoje o Conjunto Vera Cruz em um todo está de cara nova, a infraestrutura melhorou, o comércio cresceu e a população está mais satisfeita. Atualmente até o transporte coletivo tem atendido a população, na medida do possível, de forma satisfatória.
E todo esse desenvolvimento ainda não terminou o Conjunto Vera Cruz que ficava praticamente isolado hoje está cercado por vários outros bairros, e o progresso não para, a cada dia novos empreendimentos tem surgido na região.
Porém ainda, existem carências que precisam ser observadas com mais atenção e carinho pelas autoridades competentes, a área da saúde é a principal delas, o bairro não possui nenhum hospital e a população de toda a região precisa buscar longe essa assistência.
Deixando de lado as carências do bairro, as expectativas são as melhores, principalmente agora com grandes projetos chegando à região.