A cidade de Acreúna, considerada o portal do sudoeste goiano, é uma cidade jovem que vem crescendo e ainda tem muito a oferecer. Diferente da maioria dos municípios goianos que teve sua origem ligada à religiosidade ou à exploração do ouro, Acreúna foi fruto do sonho de um homem. Conta a história que sobrevoando a região Benedito Arystogogo de Melo se encantou com a beleza do local e anos depois decidiu plantar ali um sonho, que só homens visionários ousariam realizar: iniciar, às margens da rodovia Brasília-Acre que ainda viria a ser construída, uma cidade.
Acreúna não foi a primeira experiência, em construção de cidades, do fundador do município. Antes, ele já havia fundado duas vilas em outras partes da região sudoeste do Estado. Mas foi aqui, em Acreúna, que seu espírito de “fazedor” de cidades se personificou. Menos de uma década depois de criada, a vila que pertencia a Paraúna ganhou autonomia política e administrativa e se tornou município de Acreúna.
Além da rodovia, Benedito Arystogogo percebeu que a excelência das terras férteis e planas próprias para variadas culturas e a generosidade das águas, o município é banhado pelos rios Verdão, Turvo e dos Bois, também seriam vetores de desenvolvimento. O filho e a nora de seu Benedito contam que essas características despertaram o interesse de produtores rurais, que apostaram na região. Com a ajuda das condições naturais, o município se tornou um grande produtor de grãos e ganhou o título de princesinha do sudoeste goiano.
ECONOMIA
O auge da agricultura no município foi com a produção de algodão no final da década de 90 e início dos anos 2000. Acreúna se tornou um dos maiores produtores de algodão do país e chegou a ter 13 usinas de beneficiamento do produto. Mas a crise do algodão, que atingiu todo o estado de Goiás a partir de 2004, também bateu na porta dos produtores de acreúna. A atividade entrou em declínio e teve reflexos em todo o município, já que a cidade sempre teve muita dependência do agro-negócio.
A crise na agricultura mexeu com toda a economia do município, mas mesmo assim, segundo o sindicato rural, a atividade ainda responde por 70% da arrecadação de Acreúna. E depois de recuperar os prejuízos, agora o momento é novamente de otimismo. Apesar de trazer divisas para o município, o presidente do sindicato rural acredita que a agropecuária é mal vista por alguns principalmente por conta dos impactos ambientais. Na tentativa de mudar essa visão e mostrar a importância do agro-negócio, principalmente para o cidadão do futuro, a entidade está desenvolvendo um projeto nas escolas da cidade.
A crise do agro-negócio ensinou que é preciso diversificar. E para atrair indústrias para o município, a prefeitura está investindo em infra-estrutura. Uma outra boa opção de investimento na cidade tem sido dada pelo comércio. Ano após ano, a atividade cresce, oferecendo mais oportunidades de emprego e mais diversidade para os consumidores.
Apesar do crescimento, principalmente a partir do ano passado, o assessor da câmara de dirigentes lojistas de acreúna acredita que a situação poderia ser ainda melhor, caso os próprios empresários buscassem mais qualificação. Mesmo com as dificuldades trazidas principalmente pela crise na agricultura, Acreúna tem se mostrado um terreno fértil para quem quer plantar investimentos e colher lucros. Daqui a pouco você vai conferir que tem mais coisas acontecendo por lá, que já estão movimentando a cidade.
O que acreúna está vivendo hoje é quase que uma volta ao passado. Lá atrás a construção e anos depois o asfaltamento da BR-060 movimentara o ainda vilarejo de Acreúna. Agora, 40 anos depois, a duplicação da rodovia que já está chegando a cidade é a promessa de outra onda de desenvolvimento. E para todos os segmentos, a expectativa com a duplicação da BR -060 é a melhor possível.
E se a rodovia duplicada promete prosperidade para o município, tanto com as obras, quanto com a melhoria da trafegabilidade, a ferrovia norte-sul, que terá uma plataforma na vizinha Santa Helena, também é outro caminho que deverá ser trilhado pela economia acreunense principalmente porque a cidade tem uma localização privilegiada.